EUA
voltam a permitir a entrada de refugiados de 11 países
- 29/01/2018 21h42
- Washington
Da
Agência EFE
Os Estados Unidos voltaram a autorizar nesta
segunda-feira (29) a entrada de refugiados de 11 países, 94 dias depois da sua
suspensão, e ampliaram as medidas de segurança do programa que fiscaliza a
entrada desses imigrantes no território americano. A informação é da EFE.
O governo do presidente Donald Trump já tinha
voltado a autorizar a entrada de refugiados no país em outubro, mas determinou
um reforço na fiscalização dos pedidos e excluiu do processo os cidadãos de 11
países, que não foram identificados.
Saiba Mais
- Grupo bipartidário apresenta novo plano migratório no Congresso dos EUA
- Trump adverte oposição que sem muro não haverá reforma migratória
A lista, que começou a ser elaborada depois dos
atentados de 11 de setembro de 2011, foi atualizada pela última vez em 2015. A
relação contém países que "apresentam potencialmente um risco maior para
os EUA. A lista não têm nada a ver com a religião majoritária desses países,
mas sim com o risco que eles representam", afirmaram funcionários do
governo.
A imprensa local afirma que a lista inclui dez
países de maioria muçulmana e a Coreia do Norte. Segundo grupos de defesa dos
direitos dos refugiados, são eles: Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Somália,
Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen. Os cidadãos desses países passarão a partir
de agora por avaliações mais rígidas.
"É importante que saibamos quem entra nos
EUA", indicou em nota a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen
Nielsen. Ela explicou que as novas medidas dificultarão a possibilidade de
pessoas mal intencionadas usarem o programa de refugiados e garantirão que o
risco seja o principal critério de avaliação. A secretária ressaltou que a
lista de países de risco e os critérios de seleção serão revisados a cada seis
meses.
Durante o ano fiscal de 2018, os EUA pretendem
receber um máximo de 45 mil refugiados, uma redução de 60% em relação a 2017.
Trump decidiu retirar o seu país do Pacto Mundial
da ONU sobre Proteção de Migrantes e Refugiados em dezembro, por considerar que
a política migratória dos EUA deve ser determinada apenas pelos americanos.