Tem muita
coisa que vai explodir. A República está caindo", diz Rosinha Garotinho
"O
Garotinho foi preso não por roubo, não por enriquecimento ilícito. É por
alimentar o povo pobre. É diferente do Cabral", disse a política ao
defender o marido
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SÃO PAULO - Um dia após a prisão
de Anthony Garotinho (PR), a mulher do ex-governador do Rio de Janeiro e
prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho (PR), fez declarações
fortes nesta quinta-feira (17) e disse que a detenção ocorreu pelo fato do
político estar denunciando "muita gente grande". As informações são
da Rádio Gaúcha.
"Isso é retaliação porque
ele entregou na PGR (Procuradoria-Geral da República) um documento com mais de
mil páginas com provas contra o ex-governador Sérgio Cabral, contra (Luiz
Fernando) Pezão, contra o presidente da Assembleia, o ex-presidente da
Assembleia e outras pessoas de outros Poderes que ele denunciou com
provas", disse ela em entrevista na rádio.
Além de Sérgio Cabral (PMDB), que
foi preso hoje, e o atual governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ela
citou também o presidente da Assembleia Legislativa fluminense, Jorge
Picciani (PMDB). Ao ser questionada obre quem seriam as pessoas de outros Poderes,
ela citou ainda o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
Luiz Zveiter.
"Teríamos uma audiência na
semana que vem. Muita coisa vai aparecer. Pessoas que já estão inclusive na
delação de (Fernando) Cavendish", disse Rosinha. "Tem muita coisa
ainda que vai explodir. A República está caindo", completou.
Por fim, ela defendeu que a
prisão de seu marido aconteceu por conta do programa social Cheque
Cidadão, que beneficia famílias carentes. Para ela, a prisão de
Garotinho não pode ser comparada com a de Cabral porque não se trataria de
envolvimento com corrupção e recursos ilícitos. "O Garotinho foi preso não
por roubo, não por enriquecimento ilícito. É por alimentar o povo pobre. É
diferente do Cabral. É diferente de outras pessoas que serão presas porque
estão envolvidas na Lava-Jato", completou.