Desemprego
no Brasil cresce e chega a 12,6%
País
passa a ter 13,1 milhões de desocupados, segundo sondagem do IBGE. Taxa aumenta
0,6 ponto percentual, entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano em relação o
trimestre anterior.
Queda no
número de postos de trabalho foi verificada principalmente áreas como saúde e
serviços sociais
A taxa de desocupação voltou a
crescer no trimestre entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano, atingindo
12,6%, uma alta de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em
novembro último, de acordo com sondagem divulgada nesta quinta-feira (29/03)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país passa a ter 13,1 milhões
de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad-C), do IBGE, que equivale a um aumento de 4,4% na população desocupada,
ou 550 mil cidadãos a mais em busca de emprego em relação ao trimestre
anterior.
Na avaliação do coordenador de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, no entanto, o movimento de
aumento na taxa de desemprego já era esperado e é comum nesta época do ano.
"Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a
dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de
ano", justificou.
Ainda em consequência desse
movimento de dispensa de trabalhadores temporários, a pesquisa mostrou que,
entre o trimestre setembro-novembro e o dezembro-fevereiro, o país perdeu cerca
de 858 mil postos de trabalho, com redução de 407 mil empregos no setor
privado sem carteira e de 358 mil no setor público.
Com 33,1 milhões, o número
de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável no trimestre
encerrado em fevereiro. Este, entretanto, "foi o pior resultado em números
absolutos da série histórica iniciada em 2012", observou Azeredo. As
categorias "empregador" e "trabalhador por conta própria"
também ficaram estáveis.
A queda no número de postos de
trabalho foi verificada principalmente no grupamento serviços (reunindo as
atividades de administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde e
serviços sociais), a qual chegou a perder 435 mil postos de trabalho; na
construção, foram menos 277 mil empregos; e na indústria, menos
244 mil.
Em comparação com o mesmo
trimestre do ano anterior (quando a taxa era de 13,2% e alcançava
13,5 milhões de pessoas desocupadas), entretanto, a taxa de desemprego de
12,6% neste trimestre representa uma queda de 3,1% ou menos 426 mil
desempregados.
MD/ebc/ibge
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