sexta-feira, 30 de março de 2018

Estamos parados desde o golpe


Desemprego no Brasil cresce e chega a 12,6%
País passa a ter 13,1 milhões de desocupados, segundo sondagem do IBGE. Taxa aumenta 0,6 ponto percentual, entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano em relação o trimestre anterior.
Queda no número de postos de trabalho foi verificada principalmente áreas como saúde e serviços sociais




A taxa de desocupação voltou a crescer no trimestre entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano, atingindo 12,6%, uma alta de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro último, de acordo com sondagem divulgada nesta quinta-feira (29/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país passa a ter 13,1 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do IBGE, que equivale a um aumento de 4,4% na população desocupada, ou 550 mil cidadãos a mais em busca de emprego em relação ao trimestre anterior.

Na avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, no entanto, o movimento de aumento na taxa de desemprego já era esperado e é comum nesta época do ano. "Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano", justificou.

Ainda em consequência desse movimento de dispensa de trabalhadores temporários, a pesquisa mostrou que, entre o trimestre setembro-novembro e o dezembro-fevereiro, o país perdeu cerca de 858 mil postos de trabalho, com redução de 407 mil empregos no setor privado sem carteira e de 358 mil no setor público.

Com 33,1 milhões, o número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável no trimestre encerrado em fevereiro. Este, entretanto, "foi o pior resultado em números absolutos da série histórica iniciada em 2012", observou Azeredo. As categorias "empregador" e "trabalhador por conta própria" também ficaram estáveis.

A queda no número de postos de trabalho foi verificada principalmente no grupamento serviços (reunindo as atividades de administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde e serviços sociais), a qual chegou a perder 435 mil postos de trabalho; na construção, foram menos 277 mil empregos; e na indústria, menos 244 mil.

Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (quando a taxa era de 13,2% e alcançava 13,5 milhões de pessoas desocupadas), entretanto, a taxa de desemprego de 12,6% neste trimestre representa uma queda de 3,1% ou menos 426 mil desempregados.
MD/ebc/ibge
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