Prêmios
Nobel da Paz pedem libertação de Leopoldo López
No Parlamento da Venezuela, Óscar Arias e Lech
Walesa defendem a liberdade de presos políticos. Ex-presidentes participam de
cerimônia realizada exatamente dois anos após Lopéz se entregar para as autoridades.
Walesa e Arias discursaram em Parlamento da
Venezuela
Dois ganhadores do Prêmio Nobel
da Paz, o ex-presidente da Costa Rica Óscar Arias e o ex-presidente da Polônia
Lech Walesa, defenderam nesta quinta-feira (18/02) a libertação do líder
oposicionista venezuelano Leopoldo López, durante uma sessão especial no
Parlamento da Venezuela, em Caracas. O evento foi promovido para apoiar
opositores que estão presos.
López foi preso em 2014 e condenado
a quase 14 anos de prisão por incitação à violência durante uma marcha contra o
governo de Nicolás Maduro. Arias afirmou que a liberdade do líder da oposição e
de presos políticos é necessária para "que a Venezuela possa voltar a ser
chamada de uma democracia que respeita os direitos humanos".
O ex-presidente lamentou a
situação social que o país enfrenta com o aumento da pobreza e condições de
vida que "não podem ser qualificadas como dignas". Arias criticou
ainda a posição do governo ao responsabilizar fatores externos pela crise que
assola o país.
"É cinismo falar sobre
conspiração internacional, guerra econômica, inflação induzida e sabotagem do
setor privado a testemunhas dos erros e abusos cometidos pelas
autoridades", ressaltou Arias.
Walesa defendeu a união do povo
venezuelano e questionou o motivo pelo qual o país não está fazendo proveito de
suas riquezas. O ex-presidente polonês ressaltou que esse não é o momento de
buscar culpados e afirmou que a Venezuela precisa promover um encontro entre seus
dirigentes.
A sessão especial convocada para
apoiar os presos políticos marcou o aniversário de dois anos de quando Lopéz se
entregou para as autoridades, em 18 de fevereiro de 2014.
CN/dpa/efe
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